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Saltos Altos, Duas Rodas e M&Ms

Crónicas e reflexões da mãe, motard e mulher dos sete ofícios.

Crónicas e reflexões da mãe, motard e mulher dos sete ofícios.

07
Jun18

Dá tempo a ti mesma...

Vera

Esta é a parte que não te contam... 

O pós-parto não vem nas revistas, pouco é partilhado nos feeds de Facebook, poucas mulheres gostam (ou conseguem sequer embrar-se) de se ver ao espelho depois de terem trazido um novo ser ao mundo. 

E quando existe essa partilha, na maioria das vezes vem acompanhada com a mensagem "apenas 4 semanas após o parto e tenho o meu corpo de volta!" 

 

Mas todas somos diferentes... fizemos barrigas diferentes e iremos regressar às formas de maneira diferente (ou viremos a ter formas diferentes até). Mas calma... Não é nenhuma corrida... Temos tempo!!! 

Dá tempo a ti mesma.... 

O nosso corpo passou por algo maravilhoso e levou cerca de 9 meses a transformar-se. Seria o mais óbvio que lhe dessemos pelo menos 9 meses a voltar à sua forma anterior. 

Mas a sociedade não te quer dar nove meses? Mas sabes que mais?? O corpo é teu...! 

 

(Edit: este não é um desabafo. É uma mensagem de força para todas as recém mamãs que não se conformam porque "ainda" não cabem na roupa anterior à gravidez. ;) ❤ )

 

#datempoatimesma #ocorpoemeu #4weeksNOTpregnant

 

FB_IMG_1535846175366.jpg

 

 

02
Jun18

O pico das quatro semanas

Vera

E que nem calendário solar, as quatro semanas trazem o primeiro pico de crescimento.
Este é o momento em que a amamentação mais fica comprometida pela falta de informação e pela pressão social dos palpiteiros, os famosos treinadores de bancada da maternidade, que disparam rajadas de "conhecimento" da Farinha Amparo.
"Coitadinho tem fome"
"O teu leite é fraco"
"Estás a ficar sem leite"
"Já está a ficar mal habituado"
"Precisa de leite em pó"

São alguns dos preciosismos que se ouve durante os picos de crescimento.
E isto porque?!

- Ficamos com as mamas mais moles. - Finalmente a produção estabilizou. O nosso organismo começou a perceber as quantidades que o bebé precisa e em vez da sensação de peso e rigidez a que nos habituamos nas semanas anteriores provenientes da produção de leite em excesso, as mamas ficam com um aspeto muito mais "vazio". Mas isso não quer dizer absolutamente nada em relação à capacidade de alimentar o nosso bebé, já que a maior parte do leite que ele extrai é produzido no momento da mamada.

- O bebé quer estar sempre na mama. Se por um lado a produção já estabilizou de acordo com as necessidades do bebé, por outro também este vai aumentando a quantidade de leite que necessita de ingerir. Mas como não temos nenhuma app nem dispomos de capacidades telepaticas que permitam ao nosso cérebro adivinhar que quantidade o bebé vai passar a precisar de consumir, a única forma que ele tem de transmitir ao nosso organismo de que a produção tem de aumentar é precisamente pedindo mais! A produção responde à procura logo, para ter mais leite o bebé vai querer ir mais vezes à mama até que fique satisfeito com a quantidade que é produzida. É cansativo? É! Mas se dermos resposta em livre demanda rapidamente volta tudo ao normal!

- O bebé chora muito. Bem, esta não é uma verdade absoluta. A verdade é que se não olharmos aquilo que os outros dizem e agirmos conforme a nossa natureza nos impulsiona, o bebé até nem vai chorar assim tanto pois vê asseguradas as suas necessidades. "Ah mas eu dei mama ainda à meia hora e está a chorar" Então, mama com ele!!! Com certeza que se for essa a sua vontade, vai ficar tranquilo e continuar a mamar enquanto precisar e lho permitirmos, ora numa mama ora na outra.

E pois que desde o fim da tarde de ontem que é esta a minha vida! Estar com o Migui nos braços a satisfazer as necessidades dele, com um par de mamas aparentemente vazio mas que continua a faze-lo bolsar, a molhar as minhas camisolas e a fazer com que o meu perfume mais habitual do momento tenha aroma a queijo da ilha lolol

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