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Saltos Altos, Duas Rodas e M&Ms

Crónicas e reflexões da mãe, motard e mulher dos sete ofícios.

Crónicas e reflexões da mãe, motard e mulher dos sete ofícios.

01
Ago18

O outro lado da barricada

Vera

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Sou CAM mas também sou mãe.

 Às vezes é um papel injusto pq quero ser só uma delas em certas ocasiões. E por isso venho partilhar uma situação que tem sido objeto de alguma apreensão e so em casos pontuais tenho partilhado com outras mães. Mas a verdade é que como mãe já começava a ficar um pouco ansiosa... 

 

Este an irei viajar para a Tailândia para finais de Setembro e por isso tenho estado a fazer stock de LM.

Após as seis semanas recomendadas experimentei o biberão. Vá-se lá entender porquê, apesar de não aceitar chucha, o Migui mamou logo sem problema no biberão e isso deixou-me descansada. Até que o deixei pela primeira vez com a minha mãe e ao fim de umas horas me liga a dizer que ele não mama no biberão. E foram várias as tentativas após isso mas sem sucesso.

Como CAM conheço várias alternativas que comecei a ponderar: colher, finger feeding, copinho... Mas como há sempre aquela cisma com o biberão sentia-me ansiosa e pressionada para conseguir que ele conseguisse apesar de sempre achar o finger feeding a opção mais fácil para ele - excepto na parte de conseguir encontrar sondas que é o mais difícil. Fui então pedir ajuda a uma das minhas formadoras que me sugeriu antes disso tentar a técnica da colher mas usando um colher-biberão.

A primeira experiência foi péssima. O leite jorrava do biberão para a colher, depois caia sobre ele... Ele engasgava-se e chorava, o pai estava mega ansioso... Todo um drama! 

Voltamos a tentar biberão, que foi um drama ainda maior.

Até que desisti e pensei tentar de novo após as férias. Em conversa com a minha Doula ela lembrou-me das coisas que eu digo aos pais quando vão por os bebés no berçário... Que não stressem por antecipação pois eles crescem muito rápido e mudam. Assim interiorizei.

Hoje do nada estava ele muito tranquilo e eu também, senti que tínhamos o ambiente propício a uma nova experiência. Optei por colocar na expreguicadeira (outro erro anterior foi ele estar sempre ao colo) e com calma e muita conversa lá fui oferecendo. A ideia era só experimentar para que ele se pudesse ir acostumando. Mas numa sensação de conta gotas, em pouco tempo foram os 50ml que eu tinha colocado! 

 

Fica assim o testemunho para as mães que possam estar receosas por eles não aceitarem biberão. Há mesmo várias alternativas e mesmo que não funcione à primeira poderemos sempre tentar de novo e com mais tranquilidade!

 

Sinto-me de certo modo grata por ter passado por esta experiência pois trouxe-me maior empatia por quem me procura pelos mesmos motivos. Poder sugerir alternativas por conhecer a teoria mas também pela prática e no papel de mãe será com toda a certeza muito mais realista a parti de hoje! ❤️❤️❤️

13
Jul18

Espécie: Palpiteirus incomudus

Vera

Quando uma mulher se torna mãe existe todo um conjunto de pessoas que imediatamente a promove a "propriedade alheia" e como tal sente-se na obrigação de, no alto da sua (não) formação médica e científica, a criticar e desacreditar em tudo o que faça. A esta classe de gente se dá o nome de palpiteiros, os tais que muita vezes sem conhecimento de causa, cospem barbaridades à velocidade da luz e colocam uma mãe no fosso da dúvida e incompetencia em três tempos. 

 

Para essas pessoas existem apenas dois motivos para um bebé chorar: fome e cólicas. E se é fome é porque o leite é fraco. Então toca de espetar leite artificial na criança - a maior parte das vezes nem é porque a mãe assim o queira mas porque tanto a fazem acreditar que o seu bebé só pode ter fome que cedem à sua pressão (e a todas as consequências que isso futuramente traz). E se é cólicas é porque precisa de tomar o medicamento. Toca a experimentar as gotas milagrosas - que de milagroso não têm nada senão não existia 23 ou 48 variedades diferentes delas (as quais cada família experimenta pelo menos umas 5 diferentes até encontrar as que "resolvem" o problema).

 

Mas estas novas mães podiam ser pessoas diferente. Podiam ser pessoas a quem os palpiteiros não incomodavam e assim se sentiam muito mais tranquilas e seguras. Alguma têm a sorte de estar bem informadas e assim não sofrerem com os ataques deles, qual escudo protetor anti-desinformação. 

 

E sabem o que é ainda mais magnífico? São os bebés destas mães! São bebés que não choram de fome e cólicas (apenas). São bebés que choram por frio e calor... São bebés que choram por barulho e claridade... São bebés que choram por cansaço e por medo... São bebés que choram... só porque sim ou porque não! E um bebé que tenha mais motivos por que chorar, é um bebé feliz pois é aquele a quem a mãe estará segura e tranquila o suficiente para o poder "ler" e poder responder com toda a segurança à real necessidade que ele está a manifestar. 

 

Palpiteiros: as mães e os bebés são todos diferentes. Querem ser realmente prestarveis? Parem de dizer disparates a mães, que para ansiedade já lhes basta esta novidade de ter uma cria que cuidar!

 

Mães: confiem nas nossas intuições e procurem quem vos queira realmente ajudar e entenda dos assuntos que vos suscitem duvida. Tudo o resto "Wave and Smile!"

 

#maedeMMs #raispartaospalpiteiros #voucomeçaracolecionarperolasdepalpiteiros

02
Jun18

O pico das quatro semanas

Vera

E que nem calendário solar, as quatro semanas trazem o primeiro pico de crescimento.
Este é o momento em que a amamentação mais fica comprometida pela falta de informação e pela pressão social dos palpiteiros, os famosos treinadores de bancada da maternidade, que disparam rajadas de "conhecimento" da Farinha Amparo.
"Coitadinho tem fome"
"O teu leite é fraco"
"Estás a ficar sem leite"
"Já está a ficar mal habituado"
"Precisa de leite em pó"

São alguns dos preciosismos que se ouve durante os picos de crescimento.
E isto porque?!

- Ficamos com as mamas mais moles. - Finalmente a produção estabilizou. O nosso organismo começou a perceber as quantidades que o bebé precisa e em vez da sensação de peso e rigidez a que nos habituamos nas semanas anteriores provenientes da produção de leite em excesso, as mamas ficam com um aspeto muito mais "vazio". Mas isso não quer dizer absolutamente nada em relação à capacidade de alimentar o nosso bebé, já que a maior parte do leite que ele extrai é produzido no momento da mamada.

- O bebé quer estar sempre na mama. Se por um lado a produção já estabilizou de acordo com as necessidades do bebé, por outro também este vai aumentando a quantidade de leite que necessita de ingerir. Mas como não temos nenhuma app nem dispomos de capacidades telepaticas que permitam ao nosso cérebro adivinhar que quantidade o bebé vai passar a precisar de consumir, a única forma que ele tem de transmitir ao nosso organismo de que a produção tem de aumentar é precisamente pedindo mais! A produção responde à procura logo, para ter mais leite o bebé vai querer ir mais vezes à mama até que fique satisfeito com a quantidade que é produzida. É cansativo? É! Mas se dermos resposta em livre demanda rapidamente volta tudo ao normal!

- O bebé chora muito. Bem, esta não é uma verdade absoluta. A verdade é que se não olharmos aquilo que os outros dizem e agirmos conforme a nossa natureza nos impulsiona, o bebé até nem vai chorar assim tanto pois vê asseguradas as suas necessidades. "Ah mas eu dei mama ainda à meia hora e está a chorar" Então, mama com ele!!! Com certeza que se for essa a sua vontade, vai ficar tranquilo e continuar a mamar enquanto precisar e lho permitirmos, ora numa mama ora na outra.

E pois que desde o fim da tarde de ontem que é esta a minha vida! Estar com o Migui nos braços a satisfazer as necessidades dele, com um par de mamas aparentemente vazio mas que continua a faze-lo bolsar, a molhar as minhas camisolas e a fazer com que o meu perfume mais habitual do momento tenha aroma a queijo da ilha lolol

16
Nov16

Mais mamas, menos ódio

Vera

Sabes que a amamentação proporciona à criança, mais do que alimento, conforto, segurança, anticorpos?
Sabes que a amamentação também ajuda a prevenir o cancro da mama assim como permite à família a não ter gastar de centenas de euros em leite artificial que não consegue nunca ter as qualidade do leite materno?
Sabes que quem amamenta uma criança mais velha, escolhe fazê-lo pelos benefícios que isso traz para todos, mesmo que obrigue a acordar mais de 3 vezes durante a noite e a não se lembrar qual foi a última vez que conseguiu dormir sem ser toda torcida?
Sabes que quem amamenta uma criança por vezes parece bipolar, a defender a amamentação com unhas e dentes e a encarar o desmame como um ultraje, mesmo que todas as noites deseje secretamente que o seu filho escolha desmamar naturalmente na manhã seguinte?

Então achas mesmo que uma mãe que escolha a amamentação prolongada, o faz para se exibir, seja ela a mulher mais mediática da hora ou a maior desconhecida do bairro???

Então o bipolar não sou eu... És tu...!

#maminhapower #ocorpoemeu #maismamasmenosodio

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05
Ago16

Semana internacional do aleitamento materno 2016

Vera

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Chegamos ao fim da semana Internacional do aleitamento materno, que eu não queria deixar terminar sem participar com a nossa partilha.

São ja praticamente 2 anos, 23 meses de amamentação, 6 deles em exclusivo. 

Amamentar envolve tanto mais do que apenas alimentar, e que é tão complexo quanto difícil de explicar por quem o vive diariamente. :)

 

Amamentar pode fazer a diferença - e nem me refiro a tudo o que são estudos a seu favor e referentes a diversas areas do desenvolvimento e saúde. Refiro-me à experiencia pessoal...apenas isso! Porque quem deseja amamentar e o consegue fazer torna-se uma mulher realizada, pois trata-se de um desejo muito íntimo, especial, importante.

 

Jamais se será menos mãe por não amamentar - esta é uma escolha pessoal. Mas a todas as mulheres que desejem amamentar, acreditem em vós mesmas, na fantástica capacidade que o vosso corpo tem de nutrir a vossa cria. E quando sintam dificuldades, acreditem que existe quem vos possa ajudar a concretizar esse sonho!

 

Feliz semana da amamentação!!! ❤❤❤

 

 

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